São cada vez mais evidentes os sinais de que o governador Carlos Brandão (PSB) está decidido a permanecer no comando do estado até o final do mandato para tentar fazer seu sucessor. Fontes parlamentares ligadas ao governo já dão como certa a candidatura do secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB) e não veem qualquer possiblidade do vice Felipe Camarão (PT) ser candidato ao Governo do Estado com o apoio do Palácio dos Leões.
Sem a máquina do governo ou apoio total do PT, onde uma banda não quer ouvir falar em se afastar do governo e perder seus empregos, a pré-candidatura do ex-secretário de Educação começa subir no telhado, a não ser que haja uma reviravolta e o diretório nacional do PT, agora comandado por Edinho Silva, eleito no final de semana com o voto de Camarão, decida intervir a seu favor.
Ao optar pela permanência no mandato, Carlos Brandão abre mão de disputar uma das duas cadeiras que estarão em disputa no Senado para apostar todas as fichas na candidatura do sobrinho Orleans, que aparece em terceiro lugar em todas as pesquisas realizadas pelos mais diversos institutos, apesar do volume da pré-campanha e dos anúncios de adesões da classe política, sendo a última do presidente do partido Republicanos, deputado federal Aluísio Mendes.
Camarão está sozinho, seu líder, o ex-governador Flávio Dino, hoje é ministro do Supremo Tribunal Federal, em nada pode lhe ajudar politicamente, a constituição não permite, o grupo considerado dinista não tem lastro suficiente para lhe garantir competitividade e dos três partidos que integram a Federação Brasil da Esperança, apernas o PCdoB poderia lhe servir de abrigo para disputar a eleição.
Para complicar ainda mais a crise que abala a estrutura da aliança governista, Brandão in iniciou a “caça as bruxas”, demitindo uma série de representantes do PCdoB, as secretarias que ainda estão sob o comando do partido estão completamente esvaziadas e no plenário da Assembleia Legislativa os apelos da base governista é para que os comunistas entreguem os cargos que ocupam.
O problema é que o PCdoB deseja que Brandão demita os secretários indicados pelo partido e coloque em sua testa o carimbo de traidor, algo que o governador não estaria disposto.
Jorge Vieira.Foto/Reprodução…