O prefeito de São João Batista, Emerson Livio, conhecido popularmente como “Mecinho”, é alvo de uma ação na Justiça Eleitoral que pode levar à cassação de seu mandato e torná-lo inelegível até 2032. A denúncia, feita pela coligação adversária “Chegou a Vez do Povo”, aponta abuso de poder político e econômico, compra de votos e uso indevido da estrutura pública durante as eleições de 2024.

Segundo a acusação, Mecinho usou maquinário da Prefeitura para realizar obras em comunidades rurais na véspera da eleição, o que pode caracterizar favorecimento eleitoral. Além disso, ele teria criado 114 cargos temporários em pleno período de campanha, mesmo após decisão judicial que considerava esse tipo de contratação inconstitucional.

A ação também cita irregularidades na convenção do grupo de Mecinho, como transporte de eleitores em ônibus escolar, distribuição de camisetas e propaganda antecipada com uso de carros de som. Parte dessas condutas já foi alvo de decisão da Justiça, que determinou a remoção das postagens nas redes sociais do prefeito.

Outro ponto grave da denúncia é a suposta compra de votos. A Polícia Civil teria flagrado, no dia anterior à eleição, uma pá carregadeira da Prefeitura em atividade no povoado São Domingos. Vídeos e documentos sobre o caso foram registrados com certificação digital para garantir validade como prova.

Se as acusações forem confirmadas, Mecinho e seu vice, Willian Penha Barros, podem perder o mandato e ficar impedidos de disputar eleições pelos próximos oito anos. A Justiça já notificou os dois para que apresentem defesa. O caso segue em análise na 63ª Zona Eleitoral do Maranhão.

Antônio Martins.Foto/Reprodução.