Jorge Vieira.Foto/Reprodução.
Felipe Camarão (PT), procurador federal, destacado integrante do primeiro escalão nos dois governos de Flávio Dino e atual vice-governador do estado, pediu respeito à sua trajetória como homem público diante das tentativa de um grupo ligado ao governador Carlos Brandão (PSB) de lhe retirar da linha sucessória natural, caso o chefe do Executivo estadual resolva se desincompatibilizar para concorrer ao Senado.
Em mensagem postada no final de semana em sua rede social, Camarão, declarado pré-candidato ao governo do Maranhão e já em fase de pré-campanha, diante do movimento que visa “queimar” sua imagem e abrir caminho para o secretário da Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB), apresentou alguns dos serviços prestados à vida pública.
O vice recorreu ao poeta do samba Jorge Aragão que em uma de suas belas canções, diante de críticas sem sentidos sobre nossa música original, disparou: “Respeite quem pode chegar onde a gente chegou”, num claro recado àqueles que já falam até em cassar seu mandato de vice-governador.
Na condição de sucessor natural, caso Brandão decida concorrer ao Senado, Camarão vem sendo atacado por parlamentares legados ao Palácio dos Leões. Por trás das manifestações de apoio à deputada de extrema direita Mical Damasceno (PSD), supostamente atacada por Camarão com palavras machistas, vem embutidas críticas ao vice-governador.
Diante da ofensiva de quem deveria estar trabalhando para baixar o fogo que consome a aliança governista, já com nítidos sinais de ruptura definitiva, fica a sensação de que o grupo rachou, sem condições de reconciliação, como já adiantou o experiente ex-governador José Reinaldo Tavares.
O cenário é de tensão; aliados do Flávio Dino e de Brandão já não falam a mesma linguagem. Os liderados pelo governador já estão fazendo campanha é para o sobrinho dele; Orleans Brandão, embora o vice ainda acredite na possibilidade de reunificação do grupo.