O governo vai mudar a cobrança de imposto sobre investimentos a partir de 2026. A maioria vai pagar 17,5% de Imposto de Renda, e aplicações como LCI e LCA, que hoje são isentas, passarão a pagar 5%. A medida ainda precisa ser aprovada pelo Congresso.
O governo federal anunciou que vai mudar a forma de cobrar o Imposto de Renda sobre investimentos. A partir de janeiro de 2026, quase todos os tipos de aplicação financeira, como CDB e Tesouro Direto, vão pagar uma alíquota fixa de 17,5% de imposto sobre os lucros. Hoje, esse imposto varia entre 15% e 22,5%, dependendo de quanto tempo o dinheiro fica aplicado. Com a mudança, essa variação acaba, e todos vão pagar a mesma porcentagem.Investimentos que eram isentos agora vão pagar.
Alguns investimentos que atualmente são isentos, ou seja, não pagam imposto, também vão mudar. É o caso das LCIs e LCAs, que são muito usadas para investir no setor imobiliário e no agronegócio. Esses investimentos vão passar a pagar 5% de imposto. Isso pode reduzir o lucro dos investidores e também encarecer produtos como imóveis e alimentos, já que o custo para financiar esses setores pode aumentar.
Governo quer arrecadar mais com a mudança.
O governo explicou que está fazendo essa mudança porque desistiu de aumentar outro imposto, o IOF, que gerou muita reclamação. Para não perder arrecadação, decidiu cobrar mais Imposto de Renda dos investimentos. Segundo o Ministério da Fazenda, essa mudança vai ajudar a arrecadar bilhões por ano e garantir dinheiro para pagar aposentadorias, salários e outras despesas do governo.
Mudança começa em 2026, mas precisa ser aprovada.
Mesmo com o anúncio, a mudança ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para valer de forma definitiva. Se for aprovada, entra em vigor em janeiro de 2026. Especialistas dizem que essa medida pode desestimular investimentos de longo prazo e reduzir o ganho de quem deixa o dinheiro aplicado por mais tempo. Quem investe vai precisar repensar onde e como aplicar seu dinheiro para tentar manter a rentabilidade.
Alexandre Ferreira.Foto/Reprodução.



