Nesta terça-feira (25), em conversa com jornalistas ao final da sessão na Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), a presidente da Casa, deputada estadual Iracema Vale (PSB), comentou sobre o andamento da ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que questiona sua reeleição ao comando do Legislativo estadual.

Apesar do cenário de indefinição, a deputada demonstrou serenidade diante da possibilidade de um novo desdobramento no Supremo. “Eu sinceramente não acredito em mudança do resultado da eleição. Mas, de qualquer forma, garanto que estou muito tranquila quanto a isso, seja qual for a decisão do Supremo. E sigo trabalhando, do jeito que vocês sabem como trabalho: ouvindo as pessoas, fazendo a boa política. Seja como presidente, ou como deputada, eu seguirei atuando da mesma forma”, afirmou Iracema em conversa com jornalistas.

Iracema garantiu a reeleição para o atual biênio após empatar em 21 a 21 votos com o deputado Othelino Neto (Solidariedade) e vencer pelo critério de desempate, por ter idade superior à do adversário.

O julgamento da ação, movida pelo partido Solidariedade, está temporariamente suspenso após pedido de vista do ministro Dias Toffoli. A legenda questiona a legalidade da recondução de Iracema ao cargo de presidente da Alema.

Até o momento, a relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, já apresentou voto favorável à manutenção da reeleição da socialista. O ministro Alexandre de Moraes chegou a apresentar um voto controverso — interpretado por aliados de Othelino Neto (SD) como favorável a ele, enquanto apoiadores de Iracema o consideravam benéfico à atual presidente —, mas acabou retirando-o após intensa repercussão.

Em novo despacho, a ministra também autorizou o ingresso do partido União Brasil como amicus curiae no processo, ampliando para seis o número de legendas com participação formal na ação.

Entre os partidos que apoiam Iracema Vale estão PSB, MDB, Republicanos e União Brasil. Do outro lado, apoiando a tese do Solidariedade e do ex-presidente da Alema, deputado Othelino Neto, estão PDT e PCdoB.

Leonardo Cardoso.Foto/Reprodução.