Na mesma semana em que queixou-se do ministro Flávio Dino ao também ministro Roberto Barroso, governador foi obrigado a demitir seu procurador-geral do Estado e terá que conviver com investigação da Polícia Federal no TCE- MA.

Análise da Notícia:
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Coincidência ou não, a visita do governador Carlos Brandão (PSB) ao presidente do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, na terça-feira, 12, resultou apenas em duas movimentações contra o próprio governador:
- 1 – a abertura da investigação pela Polícia Federal sobre as aposentadorias no TCE-MA;
- 2 – o afastamento do procurador do Estado, Valdênio Caminha, pelo ministro Alexandre de Moraes.
Este blog Marco Aurélio d’Eça divulgou a audiência de Brandão com Barroso com exclusividade, no post “Carlos Brandão em audiência com o presidente do STF…”.
No dia seguinte, a Superintendência da Polícia Federal determinou a abertura de inquérito policial para investigar a aposentadoria dos conselheiros Washington Oliveira e Álvaro de França Ferreira, que estão sob suspeita de negociata para beneficiar indicados de Brandão para o Tribunal de Contas do Estado.
“De ordem, encaminho o OFÍCIO Nº 99/2025/GAB/PF, em resposta ao Ofício eletrônico n° 14649/2025, no bojo do processo SEI PF nº 08200.031230/2025-32″, diz o documento da PF.
- a investigação da PF no TCE-MA foi determinado dia 5 de agosto pelo ministro Flávio Dino;
- a Diretoria-Geral da PF comunicou Dino da abertura do inquérito nesta sexta-feira, 15.
Na mesma sexta-feira, 15, o ministro Alexandre de Moraes determinou que Brandão demita o procurador-geral Valdêmio Caminha, sobre pena de crime de responsabilidade.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, de afastar o procurador-geral do Estado, também foi publicada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Xandão manda Brandão afastar o procurador-geral do Estado…”.
Brandão tem 24 horas para comunicar a exoneração de Caminha;
já a Polícia Federal tem 60 dias para apresentar o resultado da investigação…