Diante de especulações sobre uma possível troca no comando do ministério da saúde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi enfático ao dizer que Nísia Trindade permanece no cargo.
A declaração foi dada nesta quarta-feira (5), durante a participação do presidente, na 17ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília. Diante de centenas de pessoas, Lula defendeu a importância do SUS e afirmou que o governo vai pagar o piso salarial de profissionais da enfermagem, com valor retroativo.
“Quem leva as pessoas para tomar banho, quem vai limpar as pessoas, dá comida, aplica injeção, mede pressão é exatamente o pessoal de baixo que trabalha. E, por isso, esse pessoal tem que ser valorizado. E, por isso, a ministra Nísia tomou a decisão: vai pagar o piso e mais o atrasado desde maio e mais o décimo terceiro”, afirmou Lula.
Organizada pelo ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Saúde, a Conferência reuniu mais de 6 mil pessoas, desde o último domingo, até esta quarta-feira. Estiveram no evento, representantes da sociedade civil, de entidades, movimentos sociais e organizações que debateram propostas para as políticas públicas do SUS.
O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, afirmou que é amplo o conceito de saúde.
As sugestões definidas durante a conferência são levadas em conta para a elaboração do Plano Nacional de Saúde e do Plano Plurianual de 2024 a 2027. Com o tema “Garantir Direitos, defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia!”, o encontro foi o resultado de conferências municipais e estaduais.
Um dos destaques, entre as propostas, é a atenção na saúde mental. A Comissão Nacional de Enfermagem em Saúde Mental do Conselho Federal de Enfermagem participou da conferência e afirma que o Brasil enfrenta uma pandemia na área. Neste ponto, o Ministério da Saúde anunciou o investimento de mais de R$ 100 milhões para a Rede de Atenção Psicossocial, para aumentar o atendimento na saúde mental, pelo SUS.
