Justiça decreta prisão do cantor Gusttavo Lima na mesma operação que prendeu Deolane Bezerra  

O processo tramita em sigilo, mas informações obtidas pelo jornal Folha de S. Paulo afirmam que a juíza acatou o pedido da Polícia Civil de Pernambuco pela prisão e negou pedidos do Ministério Público de Pernambuco, que, opinou que outras medidas cautelares poderiam substituir a medida ‘extrema’.

“É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza no processo obtido pelo jornal.

A juíza aponta que, no retorno de uma viagem à Grécia, uma aeronave que transportou Gusttavo Lima e outros dois investigados —José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas VaideBet, e sua esposa Aislla Rocha—, pode ter deixado os dois investigados no exterior.

“Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha. Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, diz.

Antes de ter a prisão decretada, Gusttavo teve um avião apreendido pela Polícia Civil de São Paulo. O avião, de acordo com o g1, foi recolhido por policiais no aeroporto de Jundiaí, em São Paulo, enquanto passava por uma manutenção. A ação, que uniu forças policiais de Pernambuco, Paraná, Paraíba, Minas Gerais e Goiás, mira uma organização criminosa que, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, movimentou R$ 3 bilhões provenientes de jogos ilegais.

Ao receber comentários sobre a aeronave, Gusttavo Lima usou as redes sociais para se pronunciar sobre o caso. “Estão dizendo que meu avião foi preso. Gente, não tenho nada a ver com isso, tá bom? Me tira fora disso. Esse avião foi vendido ano passado e não tenho nada a ver com isso. Honra e honestidade foram as únicas coisas que eu tive na minha vida e isso não se negocia”, garantiu o sertanejo.

A operação investiga suspeita de práticas ilegais da casa de apostas Esportes da Sorte. Deolane passou a ser investigada também por ter comprado um carro de quase R$ 4 milhões do dono da empresa – pois a compra e venda de bens de luxo é uma prática comum de lavagem de dinheiro – e está presa desde o dia 10 deste mês.

Via Gilberto Lima

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