Ministro dos Esportes afirmou apoio ao petista em 2026; liderança de seu partido diz que manterá a decisão de expulsá-lo.
O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), participou nesta 2ª feira (6.out.2025) de evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Imperatriz (MA), mesmo sob pressão do Progressistas para deixar o cargo.
Ele voltou a declarar apoio ao presidente: “Eu tô com Lula. O Lula do Bolsa Família, o Lula do Vale Gás, o Lula do Mais Médicos, o Lula do Fies, o Lula do Prouni. O Lula que falou em alto e bom som para os Estados Unidos: respeite o nosso Brasil”.
Fufuca acompanhou Lula na entrega de 2.837 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, e na assinatura da ordem de serviço para a construção de uma Arena Brasil, obra prevista no Novo PAC Seleções. O evento reuniu ministros e lideranças locais.
Em discurso, disse que cometeu um erro em 2022, mas que em 2026 estará “livre para ajudar Lula a ser presidente do Brasil”.
“Quero terminar minha fala e não o meu compromisso com você. Em 2022 eu cometi um erro, mas agora, em 2026, pode ser que meu corpo esteja amarrado, mas a minha alma, o meu coração e a minha força de vontade estarão livres para brigar e ajudar Luiz Inácio Lula da Silva a ser presidente do Brasil”, afirmou o ministro.
Mesmo com o ultimato do PP, que determinou até domingo (5.out) o prazo final para que deixasse o governo, Fufuca não sinalizou intenção de sair. Segundo aliados do presidente nacional do partido, Ciro Nogueira, a legenda manterá a decisão de expulsá-lo do partido.
A situação de Fufuca é parecida com a do ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), que também resiste às pressões de seu partido.
O PP discute uma punição para Fufuca, mas, segundo interlocutores, há espaço para uma saída negociada que permita sua permanência no governo.
Mesmo assim, ele corre o risco de perder o comando do partido no Maranhão. Integrantes da legenda afirmam que, com o desgaste interno e a pressão da cúpula, a direção nacional pode intervir no diretório estadual e repassar o controle.
Lula ainda não exonerou nenhum dos 2 ministros. Uma saída agora poderia fragilizar o diálogo com parte do Centrão.
Deputado licenciado, Fufuca tem se reaproximado da base. Ele esteve presente na Câmara no dia da votação do IR (Imposto de Renda), a principal bandeira de Lula para 2026.



