A Universidade Federal do Rio Grande do Norte produziu um artigo científico que aponta que os terremotos na região nordestina podem alcançar 5,0 graus na escala Richter.
Baseando-se nos dados disponibilizados pelo Catálogo Sísmico Brasileiro (SISBRA) e da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), cientistas brasileiros e um cientista polonês concluíram que, nos próximos 50 anos, há 50% de probabilidade de ocorrerem terremotos com mais de 5,2 graus e 10% de probabilidade desses terremotos chegarem a 6,2 graus na escala mR.
Terremotos com magnitude de 6,2 graus são mais do que suficientes para causar mortes, além de prejuízos econômicos e ambientais.
O Maranhão está na região Nordeste do Brasil e na rota dos terremotos. O professor Luiz Jorge Dias, geógrafo, doutor em biodiversidade e biotecnologia e magistrado de geografia-física da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), afirmou que o estado do Maranhão registra terremotos desde o século passado.
“No estado do Maranhão, nós temos registros científicos de abalos sísmicos desde 1910. De 1910 para cá, ou seja, 114 anos, nós temos mais de cinquenta abalos sísmicos que ocorreram em todo o estado do Maranhão”.
Na manhã do dia 3 de janeiro de 2017, São Luís tremeu. Por volta das 9h50min, um terremoto de 4,7 graus na escala Richter foi registrado na capital do Maranhão. O Centro Nacional de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) informou que o epicentro do terremoto ocorreu na cidade de Belágua, a cerca de 100 km de São Luís. O terremoto também atingiu as cidades de Itapecuru-Mirim, Nina Rodrigues, Vargem Grande, Axixá, São Benedito do Rio Preto, Timon e a cidade de Teresina, no estado do Piauí.